segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MENTIRAS NO HORÁRIO NOBRE

 A 'FITA SUJA' DE JACKSON LAGO



“O homem é a medida de todas as coisas; das coisas que são, enquanto são; das coisas que não são, enquanto não são”, dizia Protágoras. Quem assistiu ao primeiro programa eleitoral de Jackson Lago, constata a máxima do filósofo grego, observando-se que a mentira também se mede.

Com uma apresentadora mentirosa, como é do conhecimento de todos os maranhenses, a balaiada do nosso Jacksonolento, em nome dele, dana-se a fazer fita dentro do precioso tempo de televisão reservado às propostas dos candidatos.

Exibindo uma trena, dizem que o governo do Lago foi um tantinho assim, mas o suficiente para quilômetros de realizações, como se cada maranhense não soubesse que essa fita toda não tem um centímetro de verdade.

Equilibrando-se no fio da navalha, a biografia do ex-governador Jackson Lago, defenestrado do poder pelo TSE por corrupção e improbidade, entre outros crimes, é medida exatamente pela desonra do homem público, agora publicamente exposta ao escárnio da população, refletido metricamente nas recentes pesquisas de opinião dos maranhenses. É o reflexo, sob medida, de uma administração marcada quilometricamente pela corrupção e assalto ao erário, desde as eleições passadas, forjadas ao peso de um bilhão de corrupção.

Deixa de fita, Sr. Jackson Lago. O povo não tem memória tão curta quanto a fitinha que o seu programa apresentou na tela da TV. O povo sabe que um homem de bem não se mede numa fita métrica. Mede-se pelos atos que resultam em benefícios coletivos, além do egoísmo e da dissimulação de um governo virtual e corrupto sem medida. E o anão moral quanto mais alto chega, mais apequenado fica.

Quando alguém nos engana uma vez, a culpa é do enganador. Quando nos engana pela segunda vez, a culpa é nossa. O povo sabe disso. E nessas eleições, na medida certa, o nosso povo saberá dimensionar com sabedoria, quem, de fato, tem estatura para conduzir o destino do Maranhão rumo a um futuro próximo de avanços sociais e prosperidade.

Portanto, quando o Sr. Jackson Lago usa de fita para apontar as sujeiras dos outros está usando a própria fita para se enforcar em seu lamaçal. Porque o povo não se deixa enganar por falsas medidas, e sabe que na história do Maranhão, o Sr. Jackson Lago está e estará para sempre muito mal na fita.

O que nos faz lembrar aqueles versos de Castro Alves, tão bem metrificados: “Não rias, prendi-me num laço de fita.” Fita suja, o povo há de lembrar na hora do voto.

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