sexta-feira, 3 de setembro de 2010

GOVERNO DE JACKSON VETOU REFINARIA



A Refinaria Premium que começa a ser implantada em Bacabeira, a 60km de São Luís,  não teria vindo para o Maranhão caso Jackson Lago, PDT, tivesse continuado governador do estado. Um documento mostrado ontem na televisão no horário da propaganda eleitoral gratuita prova que o então secretário do Planejamento, Abdelaziz Aziz Santos, mandou ofício ao seu colega Júlio Noronha, da pasta da Indústria e Comércio, proibindo-o de cumprir uma das exigências básicas da Petrobrás para trazer o investimento de R$ 40 bilhões e com potencial para gerar mais de 100 mil empregos.
Aziz Santos era quem concentrava todo o poder durante o governo de Jackson Lago. Júlio Noronha, apesar de genro do governador, aparece no documento como figura repreendida pelo então chefe da Seplan porque não teria refutado pleito da Petrobras para obter a parceria da Caema no fornecimento d’água ao empreendimento. De forma ríspida, Aziz diz a Noronha que “de modo não restar nenhuma dúvida (...) queremos, formalmente, reafirmar (...) enquanto responsável pela gestão dos recursos (...) que o estado do Maranhão não tem as mínimas condições de assumir (a responsabilidade)”.
No segundo parágrafo do ofício, Aziz repreende outra vez Noronha classificando de “missão impossível” a tarefa de fornecer água à Petrobrás, mesmo com o Rio Itapecuru e a adutora do Itaúís passando ao largo do terreno da refinaria, e fecha o texto dizendo que se sentiu atropelado na medida em que os entendimentos vinham se dando sem a prévia consulta a esta (sua) secretaria.



No dia 16 de setembro de 2008, exatamente sete meses antes de ser cassado do governo do estado pelo Tribunal Superior Eleitoral, TSE, Jackson Lago, através de Aziz, selava o veto à Petrobrás, época em que Pernambuco, Bahia e Ceará brigavam pelo empreendimento.  Além de não dar andamento a nenhum dos itens preliminares, como desapropriação da área, remoção das famílias do local e os licenciamentos ambientais, o governo dele proibiu a Caema de atender necessidades da obra.
Cassado por compra de voto, Jackson deu lugar a Roseana Sarney, PMDB, que em menos de um ano cumpriu todas as etapas do protocolo reafirmado pelo governo do Maranhão. A obra já está assegurada, tem etapas licitadas e algumas delas já iniciadas. O cronograma oficial prevê a entrada em operação da refinaria em 2013.

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